Suspeito de participar de latrocínio só falará em juízo
Usando o direito de não promover prova contra si mesmo, o morador de Loanda, preso em Batayporã (MS), só falará em juízo sobre seu envolvimento na possível morte de Élio Gustavo Lima Marqueze, de 27 anos. Marqueze teria sido assassinado no último domingo, em Paranavaí, durante um assalto em que foi levada sua camionete Mitsubishi Triton. Até a tarde de ontem o corpo de Marqueze ainda não tinha sido localizado.
O acusado foi preso na noite de segunda-feira e anteontem foi transferido para Paranavaí. A camionete roubada foi recuperada e está no pátio da delegacia. O veículo passará por uma perícia técnica com o objetivo de confirmar se o sangue que existe no interior é de Marqueze.
INFORMALMENTE – Logo que foi preso, o acusado conversou com os policiais do estado do Mato Grosso do Sul quando teria explicado que realmente estava na camionete no dia do assalto. Porém, negou que tenha realizado o disparo na nuca da vítima, como informou uma testemunha.
Na conversa informal, o acusado não relatou quem seria seu comparsa naquela situação, assim como não revelou onde o corpo de Marqueze teria sido abandonado. Disse apenas que foi deixado às margens da BR-376, trecho entre o trevo de Nova Londrina e o Porto de São José.
Os investigadores da Polícia Civil fizeram buscas na região e não localizaram o corpo e suspeitam que o homem esteja mentindo sobre a localização. Os policiais não descartam a possibilidade de a vítima ter sido jogada no Rio Paraná. Se isso aconteceu, a expectativa é que não demorará muito para ser encontrado.
NÃO CONFERE – O superintendente da 8ª Subdivisão Policial (8ª SDP), Celso Vinicius Klososki, comentou que a história revelada para a polícia do Mato Grosso do Sul é diferente da relatada pelo amigo do proprietário da camionete que sobreviveu ao roubo após se jogar do veículo em movimento.
A testemunha disse que o segundo homem que participou do latrocínio estava ao volante da camionete. O morador de Loanda que foi preso com a camionete era a pessoa que estava no banco de trás. Ele efetuou o único disparo na nuca do proprietário da camionete.
Em seguida o assassino tentou efetuar um disparo contra a testemunha e a arma falhou. Houve luta e a testemunha conseguiu abrir a porta e sair correndo. O assassino também caiu do veículo e ainda efetuou dois disparos, não atingindo a testemunha.
Os criminosos estavam negociando a compra da camionete por telefone e na noite do domingo combinaram de encontrar a vítima no Jardim Oásis, prometendo pagar R$ 85 mil em dinheiro pelo veículo.