Técnico Oswaldo diz que conversou com Geuvânio sobre comportamento extracampo

SANTOS – O técnico Oswaldo de Oliveira acredita que o sucesso de Geuvânio, autor de sete gols e 12 assistências no Campeonato Paulista, tenha alterado o comportamento extracampo do jogador. E revela que conversou com o camisa 10 para tentar corrigir esse problema.
"Fui em cima do Geuvânio porque ele teve uma mudança de comportamento a partir de tudo que aconteceu", afirmou Oswaldo.
"Ele era um jogador que não tinha muita atenção [da mídia] e, de repente, pode ser considerado o melhor do campeonato. Para um jovem de 21 anos com a trajetória dele isso é grande, mudou como ele se comporta fora do campo", disse o técnico.
Oswaldo revela que chegou a se preocupar também com Gabriel. "Mas o Gabriel, por ser um pouco mais despojado, tirou o assédio de letra", ponderou Oswaldo.
Para a primeira final do Paulista, domingo, contra o Ituano, Oswaldo não terá os laterais Cicinho e Mena. Mas afirma não estar preocupado com as entradas de Bruno Peres e Emerson.
"São jogadores que vem jogando com frequência e conhecem bem o nosso estilo. Vão se encaixar normalmente", completou.
QUERIA A VILA – O técnico Oswaldo de Oliveira ainda não se conformou com o fato de ter de disputar a final do Campeonato Paulista na capital contra o Ituano. O primeiro jogo será domingo, às 16h, no Pacaembu.
O técnico disse que foi consultado pela diretoria para saber onde queria jogar o segundo jogo da decisão. Optou pela Vila Belmiro, mas foi voto vencido.
Ele reclamou da escolha e criticou o Pacaembu.
"No nosso campo, a atmosfera é melhor e o gramado é mais linear, a bola corre mais. Acredito que boa parte do nosso desempenho ofensivo se deva à qualidade  do gramado na Vila”, disse.
De acordo com a World Sports, empresa responsável pelos dois campos, Oswaldo não tem razão.
"Os gramados foram construídos da mesma maneira e tem o mesmo tipo de grama [bermuda]”, afirmou Fábio Câmara, engenheiro responsável pelos dois projetos.
Oswaldo de Oliveira não vê vantagens para o Santos com as duas partidas acontecendo no Pacaembu, apesar de o Santos poder comercializar 32.250 dos 35 mil ingressos colocados à venda para cada um dos jogos.
"Seria muito mais digno uma final em cada cidade. O Pacaembu é campo neutro.”
"Fizemos uma campanha excelente, ficamos sete pontos à frente do outro finalista e não temos vantagem do empate nem posso decidir na casa do Santos. Isso não está certo”, esbravejou o técnico.