Técnico que goleou São Paulo, busca “resgatar o prazer de jogar bola”
Em tempos de futebol moderno, onde o poderio econômico sobrepuja a paixão, os amantes do esporte sentem prazer em ver um time considerado pequeno, como o Audax, fazendo frente a grandes equipes como o São Paulo.
Na partida de domingo, em que a equipe de Osasco goleou o São Paulo por 4 a 1, classificando-se para as semifinais do Paulista de forma merecida, pôde-se ver um time que acredita na filosofia singular de seu treinador.
No clube desde 2013, o técnico Fernando Diniz, 42, foi jogador, com passagens por Corinthians, Palmeiras, Santos, Cruzeiro Fluminense e Flamengo. Em 2008 deixou os gramados e, seis meses depois, iniciou a carreira como técnico, no Votoraty, em Votorantim, cidade do interior de São Paulo. Nesse período, Diniz fazia faculdade de psicologia.
"Dava treino durante o dia e a noite viajava de Votorantim a São Paulo para fazer a faculdade. Foi muito prazeroso", contou à reportagem.
A formação acadêmica foi essencial para o treinador, que busca a qualidade do time não só através de conceitos futebolísticos, mas também por meio da compreensão do lado pessoal dos atletas.
Um dos pilares do sucesso de Diniz é fazer seus jogadores – inclusive os que atuam em posições que exigem menos habilidade – acreditarem na capacidade que tem de jogar com a bola nos pés.
"Procuro um esquema tático para que os jogadores desenvolvam seu melhor. Todos um dia sonharam em ser um grande jogador, e é isso que procuro resgatar em cada um. Resgatar o prazer de jogar bola", disse.
"No período que fui jogador de futebol os bons jogadores eram tratados como grandes pessoas. Os que não viviam bom momento eram tratados como pessoas menores. Essa era uma das grandes tristezas da minha vida", disse Diniz, que também afirmou manter relação de afeto com os jogadores.
"Temos um bom relacionamento. Procuro ter esse lado humano e promover esse ambiente favorável".
SEM CHUTÃO – Depois de 3 anos, Diniz já consolidou sua marca na equipe do Audax, que se destaca por evitar, até excessivamente, a ligação direta – os famosos chutões. O time, mesmo quando pressionado tenta sair com toques curtos e movimentação constante.
"Não é uma exigência, uma obrigação, sair jogando. O que eu peço para os jogadores é jogar bola", justifica o treinador.
Contra o São Paulo, a prática funcionou, e o time saiu com um resultado histórico do duelo. No entanto, o único gol da equipe tricolor saiu justamente em uma de muitas oportunidades que surgiram a partir da ousadia do Audax no campo de defesa. Para o treinador isso poderia ter custado caro.
"Tivemos algumas tomadas de decisões equivocadas. Não é normal um time como o São Paulo desperdiçar oportunidades", afirmou. "Precisamos corrigir isso para o próximo jogo".
O adversário da semifinal ainda não está definido, pode ser Corinthians ou Santos. Independentemente do rival, Diniz sabe que para buscar o título terá que se superar ainda mais.
"Gosto de realizar coisas difíceis. Foi muito difícil desde o início até agora nessa competição. Vivemos sob pressão. Será uma pedreira gigantesca".
Na partida de domingo, em que a equipe de Osasco goleou o São Paulo por 4 a 1, classificando-se para as semifinais do Paulista de forma merecida, pôde-se ver um time que acredita na filosofia singular de seu treinador.
No clube desde 2013, o técnico Fernando Diniz, 42, foi jogador, com passagens por Corinthians, Palmeiras, Santos, Cruzeiro Fluminense e Flamengo. Em 2008 deixou os gramados e, seis meses depois, iniciou a carreira como técnico, no Votoraty, em Votorantim, cidade do interior de São Paulo. Nesse período, Diniz fazia faculdade de psicologia.
"Dava treino durante o dia e a noite viajava de Votorantim a São Paulo para fazer a faculdade. Foi muito prazeroso", contou à reportagem.
A formação acadêmica foi essencial para o treinador, que busca a qualidade do time não só através de conceitos futebolísticos, mas também por meio da compreensão do lado pessoal dos atletas.
Um dos pilares do sucesso de Diniz é fazer seus jogadores – inclusive os que atuam em posições que exigem menos habilidade – acreditarem na capacidade que tem de jogar com a bola nos pés.
"Procuro um esquema tático para que os jogadores desenvolvam seu melhor. Todos um dia sonharam em ser um grande jogador, e é isso que procuro resgatar em cada um. Resgatar o prazer de jogar bola", disse.
"No período que fui jogador de futebol os bons jogadores eram tratados como grandes pessoas. Os que não viviam bom momento eram tratados como pessoas menores. Essa era uma das grandes tristezas da minha vida", disse Diniz, que também afirmou manter relação de afeto com os jogadores.
"Temos um bom relacionamento. Procuro ter esse lado humano e promover esse ambiente favorável".
SEM CHUTÃO – Depois de 3 anos, Diniz já consolidou sua marca na equipe do Audax, que se destaca por evitar, até excessivamente, a ligação direta – os famosos chutões. O time, mesmo quando pressionado tenta sair com toques curtos e movimentação constante.
"Não é uma exigência, uma obrigação, sair jogando. O que eu peço para os jogadores é jogar bola", justifica o treinador.
Contra o São Paulo, a prática funcionou, e o time saiu com um resultado histórico do duelo. No entanto, o único gol da equipe tricolor saiu justamente em uma de muitas oportunidades que surgiram a partir da ousadia do Audax no campo de defesa. Para o treinador isso poderia ter custado caro.
"Tivemos algumas tomadas de decisões equivocadas. Não é normal um time como o São Paulo desperdiçar oportunidades", afirmou. "Precisamos corrigir isso para o próximo jogo".
O adversário da semifinal ainda não está definido, pode ser Corinthians ou Santos. Independentemente do rival, Diniz sabe que para buscar o título terá que se superar ainda mais.
"Gosto de realizar coisas difíceis. Foi muito difícil desde o início até agora nessa competição. Vivemos sob pressão. Será uma pedreira gigantesca".