Terceiro jovem assassinado em três dias
Um jovem de apenas 19 anos foi executado com um tiro na cabeça. O crime aconteceu anteontem à noite, na Avenida Domingos Sanches, Jardim Morumbi. É o terceiro assassinato de jovens desde domingo e o 9º em 2019. As investigações estão em curso, mas, ainda é cedo para definir autoria e motivação.
No entanto, a Polícia Civil trabalha com algumas possibilidades. Neste contexto, a ficha policial das vítimas pode ser indício de eventual relação com acerto de contas ou vingança. Os três tiveram passagens.
O delegado-chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, Luiz Carlos Mânica, cita o caso do rapaz assassinado nesta terça-feira. Ele respondeu por receptação, posse de munição e posse de arma de fogo de “brinquedo” (simulacro). Também era suspeito de envolvimento em um homicídio ocorrido no ano passado.
O primeiro jovem assassinado no Jardim Morumbi domingo tinha apenas 17 anos e já havia respondido a procedimento especial por tráfico e porte de arma.
A outra vítima de 19 anos, morta no Conjunto Habitacional Geraldo Felipe (também no domingo), já havia respondido por roubo, furto e desacato. O rapaz ficou preso no ano passado entre 25 de maio e 3 de setembro.
Por conta dessas informações, Mânica avalia que os crimes possam estar relacionados a situações anteriores, uma vingança ou acerto de contas. Tanto que todos têm características de execução, sem qualquer chance de a vítima reagir.
No entanto, o delegado adverte que a resposta definitiva só será possível ao final do inquérito, após ouvir familiares e eventuais testemunhas, além de juntar as demais provas. Não se deve, portanto, descartar outras motivações.
Ele adverte que, independente da ficha anterior das vítimas, a Polícia Civil está empenhada em esclarecer os assassinatos, dando a resposta adequada para as famílias e sociedade. Avalia que o objetivo é esclarecer os casos e apresentar os responsáveis para que sejam denunciados e punidos.
Ainda sobre as investigações, Mânica pede a ajuda da comunidade. Lembra que é possível fazer depoimentos sem ser identificado. O sigilo é garantido por regulamentação da corregedoria, sem qualquer prejuízo para as informações. Todas serão checadas.