Tite não descarta utilização de Emerson Sheik

SÃO PAULO – Após um ano fora do clube, Tite foi apresentado ontem como novo técnico do Corinthians. Ele assinou um contrato de três anos com a equipe.
No seu retorno, Tite elogiou a estrutura, os dirigentes e a torcida do clube. O técnico admitiu que recebeu propostas de outras equipes antes de acertar com o Corinthians.
"Houve outras possibilidades. Não vou negar a conversa com o Internacional. Houve, sim, mas a eu tenho uma identificação muito grande aqui. Isso pesa", afirmou. "Vou sair da minha zona de conforto e colocar minha cara de novo para bater", completou.
Segundo o técnico, em respeito a Mano Menezes -treinador que esteve à frente do Corinthians na temporada de 2014-, as negociações com o clube paulista só aconteceram depois do Campeonato Brasileiro.
"Eu queria estar bem comigo mesmo e gostaria que fizessem isso comigo", justificou Tite.
Para a próxima temporada, o treinador não descarta a utilização do atacante Emerson Sheik, que foi campeão com o Corinthians da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2012 e que volta ao clube paulista após passagem pelo Botafogo.
"Todos os atletas do clube são patrimônio e vão ser respeitados para trabalharem de forma igual. O Sheik junto com os outros todos. Ele é atleta do clube", afirmou.
O treinador também exaltou a importância de Paolo Guerrero, destaque da equipe na última temporada. Para ele, o peruano "tem todo um simbolismo" na equipe.
Treinador em um dos períodos mais vitoriosos do Corinthians, Tite disse se sentir privilegiado por assinar contrato válido por três anos.
"A média dos técnicos [nos clubes] na Inglaterra é de 16 meses. Estou sendo privilegiado por acreditarem no meu trabalho a médio e longo prazo. A instituição Corinthians acredita nisso. Uma sequência profissional te dá maiores resultados e as ideias permanecem. Que sirva de exemplo para os outros clubes", disse.
Tite retorna ao clube onde foi campeão brasileiro, paulista, da Libertadores e do Mundial. Ele deixou a equipe no final de 2013. Desde então, não treinou nenhuma equipe de futebol.
"A gente carrega a sombra daquilo que construiu a vida toda. Não sei se vou ter o mesmo êxito, mas vou ter a mesma conduta, até mais maduro, sem cometer os mesmos erros que cometi. Quero ser menos incompleto a cada dia que passa", disse o treinador sobre a pressão de conquistar novos títulos.