Três casos suspeitos de dengue são registrados por dia em Paranavaí

Todos os dias são feitas, em média, três notificações de casos suspeitos de dengue em Paranavaí. Até a tarde de ontem, 19 aguardavam resultados da análise laboratorial.
De acordo com o diretor da Vigilância em Saúde, Randal Khalil Fadel, a situação é preocupante e pode resultar em nova epidemia da doença.
Nas residências e nos terrenos vazios visitados pelos agentes de controle de endemias, são encontrados todos os dias pelo menos 20 focos de larvas, sendo a maior parte do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.
Fadel afirmou que as atenções estão voltadas para a região do Jardim Ouro Verde, porque muitos pacientes com suspeita de dengue moram no bairro. “Como existe a presença do mosquito, o ciclo de reprodução não é interrompido”.
O risco de uma nova epidemia é potencializado pelo descaso da população. “O pessoal não está colaborando”, reclamou. Na hora de descartar o lixo doméstico, por exemplo, os moradores não tomam os devidos cuidados, com isso, os resíduos se tornam criadouros do Aedes aegypti.
FIM DE ANO – O diretor da Vigilância em Saúde demonstrou preocupação com o grande fluxo de pessoas que viajam de outras cidades com destino a Paranavaí. Também falou sobre o aumento de lixo descartado nas ruas da cidade. “Nesta época do ano, consumimos mais, por isso, é preciso tomar todos os cuidados na hora de jogar o lixo fora”.
LIRA – A partir do dia 6 de janeiro de 2014 terá início o novo Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (Lira). É quando os agentes de controles de endemias coletam informações em todos os bairros da cidade para saber a real dimensão da proliferação do mosquito transmissor da dengue.
De acordo com Fadel, os números serão fundamentais para que sejam traçadas estratégias específicas de combate à doença. “Com o Lira vamos identificar as áreas que oferecem mais riscos para os moradores e direcionar as ações”.
CASOS – Desde agosto, quatro casos de dengue foram confirmados em Paranavaí. O último deles foi registrado no final de novembro. Não significa, no entanto, que a situação esteja controlada. “Se não mudarmos nossos hábitos, vamos passar por uma epidemia igual ou até pior da que enfrentamos no início deste ano”, disse Fadel.