Uma ponte entre o céu e a terra…
Celebramos hoje a exaltação da Santa cruz, mas, algumas coisas precisamos refletir a respeito dela. A cruz tem dois traços um vertical e outro horizontal.
O vertical nos lembra a revelação de que nos fala o hino de felipenses da segunda leitura da liturgia de hoje (Fl 2,6-11): “Que Deus enviou o seu Filho ao mundo, despojando-se de sua divindade, Ele desceu até nós e assumiu a nossa humanidade, isto lembra-nos a nossa origem “Do Alto e nos faz “voltar” o nosso olhar para o “Alto”. A relação Deus-Conosco, a revelação de QUEM É DEUS.
O traço horizontal lembra-nos a fraternidade humana, as relações entre os homens agora iluminadas pela “Presença Humana” de Jesus de Nazaré, o humano totalmente voltado para o outro e a serviço do outro, que nos revela QUEM É O HOMEM, qual a sua vocação.
Entre Deus e os homens (mundo) existia como que um abismo que nem Deus podia chegar até nós e nem nós podíamos chegar até Deus. Era necessário construir-se uma “PONTE” que permitisse novamente essa ligação. E qual foi está Ponte que nos permitiu novamente isto? A CRUZ DE CRISTO. Por isso, Ele é o Sumo-Pontífice (construtor de pontes) que nos possibilitou isso.
Nisto entendemos também o que nos diz São João 14,6 – “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA; ninguém vem ao Pai senão por mim”.
CAMINHO porque torna possível que a salvação chegue até nós e possamos ter novamente A COMUNHÃO DE VIDA COM DEUS.
A VERDADE porque Jesus é a máxima e definitiva salvação de Deus, que nos MOSTRA QUEM É DEUS.
A VIDA porque como “Vítima (Cordeiro)” sacrificado uma vez por todas Se entrega ao Pai por nós e como Sacerdote nos oferece ao Pai, doando-nos VIDA ETERNA. (Hb 10,10-12)
Jesus é açoitado depois de condenado à morte (Mc 15,15); os historiadores atestam a frequência da flagelação como pena acessória ao condenado à morte. Esta pena, que parece ter sido reservada aos não cidadãos entre os romanos, servia de exemplo para demonstrar seu domínio e poder sobre os súditos nas províncias. E é certo que a flagelação e o sofrimento no caminho do calvário enfraqueceram Jesus e apressaram a sua morte. Jesus morreu na cruz (Mc 15,32), na literatura romana, a crucifixão, que tem sua origem na Pérsia, é descrita como “CRUDELÍSSIMO E HORRIBILÍSSIMO SUPLÍCIO”, e é uma penalidade infligida aos escravos e aos habitantes das províncias por faltas maiores como furto grave e rebelião. Por sua crueldade o suplício da cruz foi visto pelos judeus, “COMO ESCÂNDALO E MALDIÇÃO DE DEUS”: “Se um homem culpado de um crime que merece a pena de morte é morto e suspenso a uma árvore à noite tu o sepultarás no mesmo dia, pois o que for suspenso é um maldito de Deus” (Dt 21,22-23). Neste contexto Jesus morto na cruz parecia um verdadeiro golpe e escândalo para os seus seguidores. Jesus tornou-se “um maldito”. A paixão e morte de Jesus foram a consequência de uma vida levada ao seu extremo. Sua cruz é o resultado da sua fidelidade à missão do Pai e compromisso com seus irmãos até o fim. A cruz é o resultado do que Ele pregou e do que Ele fez.
“Mas porque Ele foi obediente até a morte e morte de cruz, o Pai o ressuscitou e o exaltou (O elevou) e lhe deu todo o poder e lhe fez Senhor.” (Fl 2,8-11).
“Em seguida, Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Aceitar o discipulado cristão sem condições, com todas as implicações que leva consigo, é carregar a cruz. Somos discípulos de um homem justiçado na cruz. Mas qual é a cruz de Jesus? Ela tem uma dimensão mais redentora e solidária: trata-se da cruz da injustiça, da miséria e da exclusão que os sistemas sociais de todos os tempos impõem às pessoas mais fracas. Se Jesus nos convida hoje a negar-nos a nós próprios e carregar a cruz, não nos convida a um exercício piedoso, mas a uma opção serena e responsável por aqueles aos quais o sistema impôs a cruz da intolerância, da exclusão e da miséria. Não inventemos para nós mesmos mais cruzes para não aceitar a verdadeira cruz do Mestre.
O v. 13 do evangelho gira em torno das palavras subir e descer, ao passo que o v. 14, está condensado nos verbos levantar e ser levantado. O v.13 afirma que aquele que subiu ao céu é o mesmo que desceu do céu: O Filho do Homem. A expressão “Filho do Homem ressalta a humanidade de Jesus. Ele se revelou plenamente humano. E por ser plenamente humano deu a conhecer QUEM É DEUS; por ser plenamente humano mostrou o caminho da Humanidade: ser humana como Jesus e fundir-se para sempre com Deus. O humano revelou à Humanidade QUEM É DEUS E ABRIU PARA A HUMANIDADE O CAMINHO DO REENCONTRO COM DEUS.
O vertical nos lembra a revelação de que nos fala o hino de felipenses da segunda leitura da liturgia de hoje (Fl 2,6-11): “Que Deus enviou o seu Filho ao mundo, despojando-se de sua divindade, Ele desceu até nós e assumiu a nossa humanidade, isto lembra-nos a nossa origem “Do Alto e nos faz “voltar” o nosso olhar para o “Alto”. A relação Deus-Conosco, a revelação de QUEM É DEUS.
O traço horizontal lembra-nos a fraternidade humana, as relações entre os homens agora iluminadas pela “Presença Humana” de Jesus de Nazaré, o humano totalmente voltado para o outro e a serviço do outro, que nos revela QUEM É O HOMEM, qual a sua vocação.
Entre Deus e os homens (mundo) existia como que um abismo que nem Deus podia chegar até nós e nem nós podíamos chegar até Deus. Era necessário construir-se uma “PONTE” que permitisse novamente essa ligação. E qual foi está Ponte que nos permitiu novamente isto? A CRUZ DE CRISTO. Por isso, Ele é o Sumo-Pontífice (construtor de pontes) que nos possibilitou isso.
Nisto entendemos também o que nos diz São João 14,6 – “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA; ninguém vem ao Pai senão por mim”.
CAMINHO porque torna possível que a salvação chegue até nós e possamos ter novamente A COMUNHÃO DE VIDA COM DEUS.
A VERDADE porque Jesus é a máxima e definitiva salvação de Deus, que nos MOSTRA QUEM É DEUS.
A VIDA porque como “Vítima (Cordeiro)” sacrificado uma vez por todas Se entrega ao Pai por nós e como Sacerdote nos oferece ao Pai, doando-nos VIDA ETERNA. (Hb 10,10-12)
Jesus é açoitado depois de condenado à morte (Mc 15,15); os historiadores atestam a frequência da flagelação como pena acessória ao condenado à morte. Esta pena, que parece ter sido reservada aos não cidadãos entre os romanos, servia de exemplo para demonstrar seu domínio e poder sobre os súditos nas províncias. E é certo que a flagelação e o sofrimento no caminho do calvário enfraqueceram Jesus e apressaram a sua morte. Jesus morreu na cruz (Mc 15,32), na literatura romana, a crucifixão, que tem sua origem na Pérsia, é descrita como “CRUDELÍSSIMO E HORRIBILÍSSIMO SUPLÍCIO”, e é uma penalidade infligida aos escravos e aos habitantes das províncias por faltas maiores como furto grave e rebelião. Por sua crueldade o suplício da cruz foi visto pelos judeus, “COMO ESCÂNDALO E MALDIÇÃO DE DEUS”: “Se um homem culpado de um crime que merece a pena de morte é morto e suspenso a uma árvore à noite tu o sepultarás no mesmo dia, pois o que for suspenso é um maldito de Deus” (Dt 21,22-23). Neste contexto Jesus morto na cruz parecia um verdadeiro golpe e escândalo para os seus seguidores. Jesus tornou-se “um maldito”. A paixão e morte de Jesus foram a consequência de uma vida levada ao seu extremo. Sua cruz é o resultado da sua fidelidade à missão do Pai e compromisso com seus irmãos até o fim. A cruz é o resultado do que Ele pregou e do que Ele fez.
“Mas porque Ele foi obediente até a morte e morte de cruz, o Pai o ressuscitou e o exaltou (O elevou) e lhe deu todo o poder e lhe fez Senhor.” (Fl 2,8-11).
“Em seguida, Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Aceitar o discipulado cristão sem condições, com todas as implicações que leva consigo, é carregar a cruz. Somos discípulos de um homem justiçado na cruz. Mas qual é a cruz de Jesus? Ela tem uma dimensão mais redentora e solidária: trata-se da cruz da injustiça, da miséria e da exclusão que os sistemas sociais de todos os tempos impõem às pessoas mais fracas. Se Jesus nos convida hoje a negar-nos a nós próprios e carregar a cruz, não nos convida a um exercício piedoso, mas a uma opção serena e responsável por aqueles aos quais o sistema impôs a cruz da intolerância, da exclusão e da miséria. Não inventemos para nós mesmos mais cruzes para não aceitar a verdadeira cruz do Mestre.
O v. 13 do evangelho gira em torno das palavras subir e descer, ao passo que o v. 14, está condensado nos verbos levantar e ser levantado. O v.13 afirma que aquele que subiu ao céu é o mesmo que desceu do céu: O Filho do Homem. A expressão “Filho do Homem ressalta a humanidade de Jesus. Ele se revelou plenamente humano. E por ser plenamente humano deu a conhecer QUEM É DEUS; por ser plenamente humano mostrou o caminho da Humanidade: ser humana como Jesus e fundir-se para sempre com Deus. O humano revelou à Humanidade QUEM É DEUS E ABRIU PARA A HUMANIDADE O CAMINHO DO REENCONTRO COM DEUS.
Frei Filomeno dos Santos O. Carm.