Vacinação contra febre amarela aumentou 108% em Paranavaí

Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde, através do Setor de Imunização, aponta que a procura pela vacina contra a febre amarela está muito mais intensa este ano em Paranavaí.
Em janeiro de 2016 foram aplicadas 281 doses nas salas de vacina do município. Este ano já foram 586 doses aplicadas até o dia 25, um aumento de 108% no mesmo período.
“Sabemos que as notícias dos surtos em outras regiões do país têm deixado a população em alerta. Realmente é muito importante vacinar e se proteger, já que a febre amarela é transmitida pelo mesmo vetor transmissor da dengue, o mosquito Aedes aegypti”, enfatiza a coordenadora de Imunização da Prefeitura, Miryan Jordão.
A vacina contra febre amarela é indicada a partir dos 9 meses de idade (1ª dose) e contraindicada para gestantes e crianças menores de 6 meses.
VACINAÇÃO DESNECESSÁRIA – Especialistas em infectologia defendem maior controle dos programas de imunização contra a febre amarela nas cidades, mas alertam também para vacinação desnecessária.
A febre amarela do tipo silvestre (em áreas rurais) já matou três pessoas no Estado de São Paulo. Em Minas Gerais, há surto da doença.
Essencialmente, a vacina -que está no calendário nacional de vacinação- deve ser aplicada nas pessoas que vivem ou que viajarão para regiões onde há ou já houve registros da doença. Os sintomas dela são febre, dores no corpo, náuseas, vômito e, nos casos graves, insuficiência renal, icterícia (cor amarelada da pele) e hemorragias.
Membros da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) ressaltam que a vacina pode gerar reações adversas, que prejudicam especialmente idosos, gestantes e mulheres em fase de amamentação.
Para o infectologista Jessé Alves, coordenador do comitê de medicina do viajante da Sociedade Brasileira de Infectologia, uma eventual vacinação em massa é uma medida arriscada. "Propor a vacinação para a parte do Brasil que não está em áreas consideradas de risco tem um impacto muito grande", diz.