Valcke aconselha torcedores a tomar precauções de segurança
Nem os jogadores nem a imprensa: para o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, serão os torcedores que enfrentarão mais dificuldades durante a Copa no Brasil.
"O maior desafio será para eles", disse Valcke, durante entrevista coletiva na sexta-feira, em Zurique (Suíça).
O dirigente comparou o Brasil à Alemanha, que sediou o torneio há oito anos, ao aconselhar torcedores a tomar precauções de segurança e a planejar sua estadia.
"Não apareça pensando que é a Alemanha, que é fácil se locomover pelo país. Na Alemanha, você pode dormir no seu carro, você não pode fazer isso [no Brasil]".
"Minha mensagem para os torcedores seria: apenas certifique-se de que você está organizado para ir ao Brasil", disse o francês.
"Você não pode dormir na praia, primeiramente porque é inverno… Certifique-se de organizar sua acomodação, você não pode simplesmente chegar com uma mochila e começar a andar, não há trens, você não pode dirigir [de uma cidade-sede para outra]", prosseguiu.
"Isso é uma grande festa e é necessário que se possa desfrutá-la. Se você passa cinco horas na entrada de uma discoteca sem poder entrar, terá perdido a noite e não deveria ser assim", comparou.
NÚMERO DE SEDES – Valcke também comentou o número alto de sedes da Copa do Mundo no Brasil – são 12 cidades, contra 9 na África do Sul (2010), por exemplo.
Críticos dizem que as diversas sedes espalhadas pelo país contribuíram para o atraso na construção de estádios e de projetos de infraestrutura, além de inflar os gastos.
Segundo o dirigente, a Fifa foi convencida a concordar em tantas cidades-sede pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Como você diz [antecipadamente] que isso não vai funcionar?", disse Valcke.
"É verdade que você multiplica o risco ao ter mais estádios. Mas você enfrenta uma situação quanto tem um governo e um presidente, à época Lula, que está explicando para você que a Copa do Mundo deve ser para todo o Brasil e não para algumas cidades", afirmou.
O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira, que também era parte do comitê-executivo da Fifa, foi igualmente persuasivo, disse.
JOGOS E CIDADES – A logística foi complicada ainda mais porque os organizadores, na época, decidiram que as equipes jogariam suas partidas de grupo em três diferentes locais ao invés de ficarem no mesmo lugar.
"Eu pensava que a questão logística era dividir as 32 equipes em quatro grupos e evitar movê-las para [outras] zonas do país", disse Valcke.
Mas, novamente, a Fifa foi dissuadida a mudar de planos porque os organizadores brasileiros queriam que a seleção brasileira jogasse no máximo de cidades possível.
"Também foi um pedido do Brasil porque eles não queriam que o Brasil jogasse apenas em um canto do país, e que eles não poderiam fazer o Brasil viajar e deixar todos as outras equipes apenas em um lugar", afirmou.
Em sinal de que a relação com o governo brasileiro está desgastada, Valcke disse, ao comentar sobre a parte de telecomunicações, que a Fifa receberá os estádios no próximo dia 21 para fazer as instalações técnicas.
"Então, serão nossas equipes. Assim, ao menos, se tenho de gritar com alguém, não poderão criticar porque tenho o direito de fazê-lo".
Por outro lado, disse que a Fifa já assegurou o retorno financeiro. "Já temos o sucesso financeiro, o sucesso na venda de entradas, nunca havíamos vendido tantas".
"O maior desafio será para eles", disse Valcke, durante entrevista coletiva na sexta-feira, em Zurique (Suíça).
O dirigente comparou o Brasil à Alemanha, que sediou o torneio há oito anos, ao aconselhar torcedores a tomar precauções de segurança e a planejar sua estadia.
"Não apareça pensando que é a Alemanha, que é fácil se locomover pelo país. Na Alemanha, você pode dormir no seu carro, você não pode fazer isso [no Brasil]".
"Minha mensagem para os torcedores seria: apenas certifique-se de que você está organizado para ir ao Brasil", disse o francês.
"Você não pode dormir na praia, primeiramente porque é inverno… Certifique-se de organizar sua acomodação, você não pode simplesmente chegar com uma mochila e começar a andar, não há trens, você não pode dirigir [de uma cidade-sede para outra]", prosseguiu.
"Isso é uma grande festa e é necessário que se possa desfrutá-la. Se você passa cinco horas na entrada de uma discoteca sem poder entrar, terá perdido a noite e não deveria ser assim", comparou.
NÚMERO DE SEDES – Valcke também comentou o número alto de sedes da Copa do Mundo no Brasil – são 12 cidades, contra 9 na África do Sul (2010), por exemplo.
Críticos dizem que as diversas sedes espalhadas pelo país contribuíram para o atraso na construção de estádios e de projetos de infraestrutura, além de inflar os gastos.
Segundo o dirigente, a Fifa foi convencida a concordar em tantas cidades-sede pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Como você diz [antecipadamente] que isso não vai funcionar?", disse Valcke.
"É verdade que você multiplica o risco ao ter mais estádios. Mas você enfrenta uma situação quanto tem um governo e um presidente, à época Lula, que está explicando para você que a Copa do Mundo deve ser para todo o Brasil e não para algumas cidades", afirmou.
O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira, que também era parte do comitê-executivo da Fifa, foi igualmente persuasivo, disse.
JOGOS E CIDADES – A logística foi complicada ainda mais porque os organizadores, na época, decidiram que as equipes jogariam suas partidas de grupo em três diferentes locais ao invés de ficarem no mesmo lugar.
"Eu pensava que a questão logística era dividir as 32 equipes em quatro grupos e evitar movê-las para [outras] zonas do país", disse Valcke.
Mas, novamente, a Fifa foi dissuadida a mudar de planos porque os organizadores brasileiros queriam que a seleção brasileira jogasse no máximo de cidades possível.
"Também foi um pedido do Brasil porque eles não queriam que o Brasil jogasse apenas em um canto do país, e que eles não poderiam fazer o Brasil viajar e deixar todos as outras equipes apenas em um lugar", afirmou.
Em sinal de que a relação com o governo brasileiro está desgastada, Valcke disse, ao comentar sobre a parte de telecomunicações, que a Fifa receberá os estádios no próximo dia 21 para fazer as instalações técnicas.
"Então, serão nossas equipes. Assim, ao menos, se tenho de gritar com alguém, não poderão criticar porque tenho o direito de fazê-lo".
Por outro lado, disse que a Fifa já assegurou o retorno financeiro. "Já temos o sucesso financeiro, o sucesso na venda de entradas, nunca havíamos vendido tantas".