Vendas natalinas continuam abaixo da expectativa em Terra Rica

Na próxima terça-feira completará um mês da ação de uma quadrilha que explodiu três agências bancárias na cidade de Terra Rica. A herança deixada pelos criminosos vai além do prejuízo, medo e insegurança. Atinge também os comerciantes que não sentiram o crescimento esperado nas vendas natalinas.
De acordo com o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Terra Rica (Acitra), Itamar José Bregantini, os comerciantes entraram no clima natalino e enfeitaram seus comércios para atrair os clientes.
Outra ação para atrair os consumidores foi a realização de promoção em pleno mês de dezembro. Para turbinar os negócios, veículos de som que circulam por todos os bairros de Terra Rica divulgando as ofertas. Mesmo assim, as medidas não estão surtindo os efeitos esperados.
“Estamos tentando atrair os clientes para gastar no comércio local. Porém, o fato de se deslocarem a Paranavaí para ir a agências bancárias faz com que gastem o dinheiro lá. Com isso, o comércio daqui sofre as consequências”, disse o presidente, sugerindo que os consumidores prestigiem o município.
RELEMBRE – No último dia 13 uma quadrilha fortemente armada tomou conta de Terra Rica (61 km de Paranavaí), durante a madrugada, e explodiu três agências bancárias (Bradesco, Sicredi e Sicoob).
Uma ação similar já havia acontecido no dia 5 de agosto deste ano, quando 13 caixas eletrônicos também foram explodidos. Na primeira ação foram “visitados” o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Sicredi e Caixa Econômica Federal (CEF).
Nas duas ocasiões os criminosos agiram de forma sincronizada. Desta vez, os bandidos inovaram porque ficaram próximo ao destacamento da Polícia Militar e da Delegacia, impedindo a saída dos policiais.
Enquanto parte da quadrilha explodia as agências bancárias, parte do grupo estava disparando tiros com armas de grosso calibre em direção aos policiais. O resultado é que os agentes públicos ficaram encurralados no interior dos prédios.
A exemplo da primeira ação, o sistema de segurança que libera uma cortina de fumaça funcionou e impediu a ação da Caixa Econômica Federal. A diferença é que nesta segunda onda de explosões, o Banco Itaú também tinha instalado o sistema, o que impediu a ação dos criminosos.