Viaje na viagem
Creio eu que todos (senão a grande maioria da população) concordarão em pensar e dizer que viajar faz sim, muito bem à saúde. Existem pessoas que, viajam por trabalho, outros por estudos, outros por lazer, ou pelo motivo que seja. O fato é que, existem diversas motivações que podem levar a um mesmo comportamento. Uma viagem (principalmente quando ela é de férias) faz com que se sinta revigorado, mais disposto, feliz, pronto para encarar a próxima pedra no meio do caminho. Pois bem, saiba que seu pensamento está certíssimo.
Viajar (seja pra qualquer cidade, região, estado ou país) nos deixa mais abertos a novos costumes, ideias e sonhos. Ao viajarmos, somos confrontados com pessoas, situações e fatos completamente diferentes do nosso cotidiano, e somos forçados a repensar e rever nossos padrões de vida e pensamentos. Esta ideia é tão interessante que pode ser comprovada inclusive pelo fato de que, viajar nos dias atuais significa muito mais do que ter um tempo para lazer.
Por exemplo: para o psicólogo Michael Brein, viajar afeta áreas vitais da mente humana, tais como a comunicação, a capacidade de lidar com situações estressoras, capacidade de sair da zona de conforto, desenvolvimento de habilidades sociais, entre outros. Ou seja, quando confrontamos alguma coisa fora da nossa rotina ou alguém diferente de nós, somos confrontados com nós mesmos. Assim, cria-se uma ideia de que embora você pertença a um grupo, você não precisa agir sempre como ele, e desenvolve-se como o ser único que todos nós somos em nossas essências.
Embora a viagem nos proporcione relaxamento, o fato é que uma viagem, desde sua organização até o seu fim, requer muita energia mental. É preciso fazer cálculos, repensar roteiros, mapas, visitar este ou aquele ponto turístico, mudar de hotel, etc. Tudo isso é uma verdadeira ginástica para o cérebro. Mas nada de exageros. Encare como uma viagem de fato, e não como uma estratégia de guerra.
Viajar (de maneira organizada, calma e sensata) relaxa mente e corpo, fazendo com que nossa saúde como um todo, melhore. Melhorando a saúde, diminui o stress e passamos a dormir melhor, e os famosos problemas psicossomáticos (ansiedade, depressão, gastrite, dor de cabeça, pânico, etc.) diminuem ou até desaparecem, como em um "passe de mágica"!
Também é importante enfatizar que a melhora na saúde não é apenas momentânea. Ao ser confrontado com pessoas que têm problemas piores que os seus (por exemplo, pessoas em um país bem mais pobre que passam por muitas dificuldades), o engarrafamento da cidade, a conta do celular, tudo isso fica bem pequeno. Uma pessoa pode realmente repensar seus valores e passar a se estressar menos com certas coisas, tendo uma qualidade de vida superior a que tinha antes simplesmente porque as dores de cabeça diminuíram e a disposição aumentou.
Mas acima de tudo, viajar começa a partir da consciência da pessoa, quando ela de fato, se dá o direito de descansar e tomar um fôlego da vida agitada. É quando ela escolhe, decide, toma a direção do rumo e então, segue viagem. Viajar é a cada dia ter a alegria de descobrir o que é a vida, ter a paz de espírito como companhia, tendo segurança em toda essa jornada que será o ano de 2016.
Se você estiver ou for viajar, faça um pacto consigo mesmo de não pensar sobre problemas do dia a dia: a parede que precisa ser pintada, o carro que precisa ir para revisão assim que chegarem, etc. Viva e curta o momento da viagem!
E claro, fazer uma viagem que esteja dentro do seu orçamento, caso contrário, a viagem vai ser uma dor de cabeça maior do que ficar em casa. Por fim: sempre que tiver uma oportunidade, viaje! É uma ótima oportunidade para descobrir novos caminhos e também para redescobrir a própria vida. Boa viagem!
Colaboração de Marcelo Fernando Rojas Rios