Vigilância alerta para o risco de animais soltos

Animal solto na rua. De quem é a responsabilidade? Do dono, que pode responder por eventuais ferimentos ou prejuízos a terceiros.
O alerta é da Vigilância em Saúde, diante da indagação sobre o problema recorrente de animais soltos em vias públicas de Paranavaí. Sem contar que, uma vez caracterizado, maltratar animais é crime, sujeito a uma pena de 3 a 5 anos de prisão.  
O tema foi proposto pelo Diário do Noroeste diante da imagem enviada na última sexta-feira pelo fotógrafo Luiz Neto. O flagrante mostra cachorros brincando tranquilamente entre os carros na Rua Getúlio Vargas, esquina com a Rua Minas Gerais, pleno centro da cidade.
Coordenadora de zoonoses da Vigilância, Ana Souza informa que a maioria dos animais na rua tem dono. Eles são soltos propositadamente para andar e fazer necessidades fisiológicas.
Ainda assim, relata, o problema mais grave em relação aos animais de pequeno porte não é estar solto na rua, mas sim, vivendo em condições inadequadas dentro dos quintais.
Muitos são amarrados com corda curta, passam fome ou falta de água. Neste mesmo problema estão animais de grande porte, que ainda são encontrados vivendo no perímetro urbano de forma irregular ou pior: soltos nas ruas ou abandonados.
NÚMERO DE DENÚNCIAS – Para ter ideia do tamanho do problema, apenas nos primeiros quatro meses de 2015 foram feitas, via Ouvidoria, 215 denúncias sobre animais nas ruas. O telefone é o 156.
Quando recebe a denúncia, a Ouvidoria repassa para a Vigilância, que faz a vistoria e tenta encontrar o proprietário ou sanar a situação de maus tratos. Também avalia a situação dos animais em relação a doenças.
Não são tarefas fáceis. Paranavaí tem mais de 40 mil imóveis. A projeção indica três animais para cada um. Uma amostra feita em 5.900 casas em 2014 indicou que havia nestes endereços 10.280 animais (cães e gatos). O número é dinâmico, devido à taxa de nascimento e mortalidade, detalha Ana Souza.
Ela reitera que animais domésticos devem ser mantidos em casa, sob pena de responsabilização. Já os animais de grande porte – equinos, bovinos, etc. – não podem ser criados no perímetro urbano.
Quando a Vigilância recebe a denúncia de animal solto, providencia a apreensão. Os animais de grande porte são encaminhados para a Sociedade Protetora dos Animais – onde permanecem por 10 dias. Se o proprietário não for buscar, poderá ser vendido. Ontem, por exemplo, foram apreendidos dois equinos.
Já os animais domésticos que estão abandonados são recolhidos e ficam à disposição para adoções. Eles inicialmente são avaliados e, quando necessário, recebem tratamento veterinário na entidade.