Vigilância espera elevação no número de casos de dengue nesse período

Os dois primeiros levantamentos realizados este ano mostraram que a proliferação do mosquito da dengue vem mantendo o mesmo ritmo em Paranavaí. Para o assessor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho, a cidade continua com risco médio de infestação, isto em razão das altas temperaturas e os constantes períodos de chuvas. Mas a maior preocupação começa agora.
“Março e abril são os meses mais críticos, já que, com as temperaturas mais amenas, as fêmeas saem em busca de alimento e vão picar muita gente, podendo transmitir a dengue. Já estamos nos preparando para registrar um número maior de casos suspeitos neste período”, avaliou o assessor durante a reunião do Comitê Municipal de Combate e Prevenção à Dengue, realizada ontem.
Atualmente, a Vigilância em Saúde tem pouco mais de 40 agentes de endemias trabalhando em campo, fazendo visitas aos 50.964 imóveis cadastrados no município. A cobertura total é de 2.087 quarteirões da cidade.
Além disso, a Vigilância faz vistorias quinzenais em 174 pontos estratégicos, onde há maior possibilidade de haver criadouros de larvas do Aedes aegypti, como borracharias, ferros-velhos e armazenadores de recicláveis.
DIFICULDADES – Segundo a diretora da Vigilância, Verônica Gardin, os agentes têm encontrado algumas dificuldades para realizar o trabalho de fiscalização. Segundo ela, durante as visitas de rotina, os agentes encontram até 20% das casas fechadas em Paranavaí, quando o índice deveria ficar em 10%, conforme prevê o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD).
“Os agentes retornam até quatro vezes no mesmo endereço, mas em muitos casos não conseguem realizar a vistoria e conversar com os moradores para passar as orientações necessárias”, disse a diretora da Vigilância, Verônica Gardin.
Até o momento, Paranavaí está com 174 casos notificados de dengue. Do total, 6 casos foram confirmados, 120 negativados e 48 aguardam resultado.