Viotto diz que medida precipitada pode gerar desemprego no comércio
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap), João Roberto Viotto, disse neste sábado (02) que o atraso na assinatura da convenção coletiva de trabalho por parte do Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí (Sivapar), atende uma reivindicação da entidade e tem fundamentos econômicos e visa “preservar empregos”.
“Nós precisamos esperar o acordo de Maringá para depois assinar a nossa convenção. Como a Aciap vai apresentar ao Sivapar uma proposta de calendário para ser negociada com o sindicato dos comerciários se não conhecemos o calendário de Maringá? Não podemos, por exemplo, fechar as portas do comércio de Paranavaí num dia em que tem feira de ponta de estoque em Maringá”, explica João Roberto.
Segundo o presidente do Sivapar, Edivaldo Cavalcanti, em Maringá as negociações entre comerciários e a classe patronal ainda estão em curso. “Nosso Sindicato atende 32 municípios e não podemos nos precipitar. Precisamos ouvir e atender os apelos que vêm das associações comerciais”, pondera ele.
De acordo com os líderes patronais, em Maringá, onde o presidente do Sindicato dos Comerciários, Leocides Fornaza, é o vice-presidente da Federação dos Empregados no Comércio do Estado do Paraná (FECEP), atrasa-se também a assinatura da convenção esperando a manifestação de outros grandes centros, como Curitiba, por exemplo. “Todo mundo quer se defender da evasão de consumidores e não dar motivo para isso”, acrescenta Viotto.
SEM PREJUÍZO – O atraso na assinatura da convenção coletiva de trabalho não gera qualquer prejuízo aos comerciários, garantem Cavalcanti e Viotto. É que todos os benefícios definidos no acordo são retroativos a primeiro de julho.
“Se demorar três meses a assinatura, quando sair, os empregadores terão que pagar a diferença salarial, de horas extras e até de férias”, explica o presidente do Sivapar.
Sobre a abertura do comércio aos sábados, por exemplo, motivo de polêmica nos últimos dois dias, Viotto e Cavalcanti reforçaram neste sábado que, até que seja assinado o novo acordo entre comerciantes e comerciários, vale a convenção anterior.
“Está prevista na súmula 277 do Tribunal Superior do Trabalho, que trata da lei da ultratividade, além da Lei dos Costumes”, enfatiza Cavalcanti.
REVERSÃO SALARIAL – O presidente da Aciap lamentou que “todos os anos é a mesma pressão”, esclarecendo que não é razoável tomar atitudes precipitadas.
Viotto entende que as ameaças de que o comércio não pode funcionar aos sábados à tarde sob pena de multa às empresas tem por objetivo forçar a assinatura da convenção.
“Mas não há razão para esta precipitação, que pode gerar enfraquecimento do comércio e desemprego, pois temos que nos adequar ao calendário de outros centros, como Maringá, Umuarama e Cianorte”, diz.
Segundo ele, a única justificativa seria o interesse do sindicato dos comerciários em receber a reversão salarial, que passa de R$ 1 milhão. “O único intuito com esta pressão só pode ser receber a reversão salarial”, diz, enfático, João Roberto.
“Nenhuma cidade do Paraná, inclusive Curitiba – diz o presidente da Aciap -, fechou a convenção. E nós não podemos permitir que os interesses sindicais fiquem acima dos interesses econômicos de uma cidade, inclusive promovendo o desemprego”.
O impasse entre sindicatos
O Sindicato dos Empregados no Comércio de Paranavaí e Região (Sindoscom) informou em nota que as empresas “não poderão utilizar da mão de obra de seus empregados além da jornada [oito horas diárias e 44 horas semanais] por não haver autorização em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho”.
Significa que as lojas não poderão abrir até 17 horas nos dois primeiros sábados de cada mês enquanto as negociações entre o Sindoscom e o Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí e Região (Sivapar) estiverem em curso. A Convenção Coletiva de Trabalho – que deveria entrar em vigor no dia 1º de junho – ainda não foi concluída.
O comunicado emitido pela presidente do Sindoscom, Elizabete Madrona, destaca que as reivindicações elencadas pelos trabalhadores, em assembleia geral realizada no dia 1º de maio, foram entregues ao Sivapar no dia 3 daquele mês. No entanto, até a última quinta-feira, nenhuma resposta foi dada.
Segundo o sindicato, até que a situação seja resolvida, os empresários que quiserem atender os clientes seguindo o horário especial terão de negociar com o Sindoscom.
O presidente do sindicato que representa a classe patronal, Edivaldo Cavalcante, anunciou uma reunião para o dia 8 de julho com representantes dos lojistas e dos trabalhadores.
Cavalcante afirmou que a conclusão da Convenção Coletiva de Trabalho em Paranavaí leva tempo porque o Sivapar atende 32 municípios, cada um com características diferentes, mas todos querendo definir como será o funcionamento do comércio no final do ano.
O advogado do Sivapar, Valdeci Aparecido da Silva, explicou que enquanto o acordo entre as duas entidades sindicais não é oficializado, a Convenção Coletiva de Trabalho anterior continua valendo. Sendo assim, os lojistas não têm impedimentos legais para abrir até 17 horas nos dois primeiros sábados de cada mês.
Por meio de comunicado, a orientação do Sivapar é que os empresários não façam acordos individuais com o Sindoscom. Na opinião de Cavalcante, a medida enfraqueceria a categoria patronal.
“Nós precisamos esperar o acordo de Maringá para depois assinar a nossa convenção. Como a Aciap vai apresentar ao Sivapar uma proposta de calendário para ser negociada com o sindicato dos comerciários se não conhecemos o calendário de Maringá? Não podemos, por exemplo, fechar as portas do comércio de Paranavaí num dia em que tem feira de ponta de estoque em Maringá”, explica João Roberto.
Segundo o presidente do Sivapar, Edivaldo Cavalcanti, em Maringá as negociações entre comerciários e a classe patronal ainda estão em curso. “Nosso Sindicato atende 32 municípios e não podemos nos precipitar. Precisamos ouvir e atender os apelos que vêm das associações comerciais”, pondera ele.
De acordo com os líderes patronais, em Maringá, onde o presidente do Sindicato dos Comerciários, Leocides Fornaza, é o vice-presidente da Federação dos Empregados no Comércio do Estado do Paraná (FECEP), atrasa-se também a assinatura da convenção esperando a manifestação de outros grandes centros, como Curitiba, por exemplo. “Todo mundo quer se defender da evasão de consumidores e não dar motivo para isso”, acrescenta Viotto.
SEM PREJUÍZO – O atraso na assinatura da convenção coletiva de trabalho não gera qualquer prejuízo aos comerciários, garantem Cavalcanti e Viotto. É que todos os benefícios definidos no acordo são retroativos a primeiro de julho.
“Se demorar três meses a assinatura, quando sair, os empregadores terão que pagar a diferença salarial, de horas extras e até de férias”, explica o presidente do Sivapar.
Sobre a abertura do comércio aos sábados, por exemplo, motivo de polêmica nos últimos dois dias, Viotto e Cavalcanti reforçaram neste sábado que, até que seja assinado o novo acordo entre comerciantes e comerciários, vale a convenção anterior.
“Está prevista na súmula 277 do Tribunal Superior do Trabalho, que trata da lei da ultratividade, além da Lei dos Costumes”, enfatiza Cavalcanti.
REVERSÃO SALARIAL – O presidente da Aciap lamentou que “todos os anos é a mesma pressão”, esclarecendo que não é razoável tomar atitudes precipitadas.
Viotto entende que as ameaças de que o comércio não pode funcionar aos sábados à tarde sob pena de multa às empresas tem por objetivo forçar a assinatura da convenção.
“Mas não há razão para esta precipitação, que pode gerar enfraquecimento do comércio e desemprego, pois temos que nos adequar ao calendário de outros centros, como Maringá, Umuarama e Cianorte”, diz.
Segundo ele, a única justificativa seria o interesse do sindicato dos comerciários em receber a reversão salarial, que passa de R$ 1 milhão. “O único intuito com esta pressão só pode ser receber a reversão salarial”, diz, enfático, João Roberto.
“Nenhuma cidade do Paraná, inclusive Curitiba – diz o presidente da Aciap -, fechou a convenção. E nós não podemos permitir que os interesses sindicais fiquem acima dos interesses econômicos de uma cidade, inclusive promovendo o desemprego”.
O impasse entre sindicatos
O Sindicato dos Empregados no Comércio de Paranavaí e Região (Sindoscom) informou em nota que as empresas “não poderão utilizar da mão de obra de seus empregados além da jornada [oito horas diárias e 44 horas semanais] por não haver autorização em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho”.
Significa que as lojas não poderão abrir até 17 horas nos dois primeiros sábados de cada mês enquanto as negociações entre o Sindoscom e o Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí e Região (Sivapar) estiverem em curso. A Convenção Coletiva de Trabalho – que deveria entrar em vigor no dia 1º de junho – ainda não foi concluída.
O comunicado emitido pela presidente do Sindoscom, Elizabete Madrona, destaca que as reivindicações elencadas pelos trabalhadores, em assembleia geral realizada no dia 1º de maio, foram entregues ao Sivapar no dia 3 daquele mês. No entanto, até a última quinta-feira, nenhuma resposta foi dada.
Segundo o sindicato, até que a situação seja resolvida, os empresários que quiserem atender os clientes seguindo o horário especial terão de negociar com o Sindoscom.
O presidente do sindicato que representa a classe patronal, Edivaldo Cavalcante, anunciou uma reunião para o dia 8 de julho com representantes dos lojistas e dos trabalhadores.
Cavalcante afirmou que a conclusão da Convenção Coletiva de Trabalho em Paranavaí leva tempo porque o Sivapar atende 32 municípios, cada um com características diferentes, mas todos querendo definir como será o funcionamento do comércio no final do ano.
O advogado do Sivapar, Valdeci Aparecido da Silva, explicou que enquanto o acordo entre as duas entidades sindicais não é oficializado, a Convenção Coletiva de Trabalho anterior continua valendo. Sendo assim, os lojistas não têm impedimentos legais para abrir até 17 horas nos dois primeiros sábados de cada mês.
Por meio de comunicado, a orientação do Sivapar é que os empresários não façam acordos individuais com o Sindoscom. Na opinião de Cavalcante, a medida enfraqueceria a categoria patronal.