Viveiro de Paranavaí já faz plantio mecânico de mudas

A erradicação de matas nativas está levando os agricultores a adotar, cada vez mais, a formação de florestas. Sentem eles que a madeira está cada vez mais valorizada e, com a adoção do eucalipto, está muito reduzido o prazo de formação florestal. Esta prática está crescendo cada vez mais e vista como um dos principais produtos do agronegócio, não só paranaense, mas sim em nível de Brasil. Impulsionados pela demanda mundial por celulose daquela variedade para fabricação de papel, os pequenos produtores já estão mantendo uma produção sustentável, de forma a não mais depender muito das importações de carvão mineral, que é muito mais poluente que a madeira. Na região Noroeste, sente-se que já existe muito interesse pelo eucalipto. Nota-se, todavia, que existe alguma dificuldade, algum empecilho que, às vezes, leva o produtor a desistir da ideia. Chegam a alegar que todo o trabalho tem que ser manual, o que demanda tempo e são perdidas oportunidades de se fazer o plantio, ficando na dependência exclusiva do período de ocorrência de chuvas, de um modo geral pequenos e que exigem um aproveitamento rápido, o que é difícil quando se trata de fazer um trabalho exclusivamente manual. Buscando eliminar estas dificuldades, o engenheiro-agrônomo Paulo Eduardo Monteiro Soares, do Viveiro Reflora de Paranavaí, visitou regiões do Estado de São Paulo dedicadas ao eucalipto e encontrou um esquema de mecanização fartamente adotado e que reduziu o tempo do plantio, oferecendo, ainda, a segurança necessária para a formação e desenvolvimento das mudas. Este esquema atende todas as etapas do trabalho, como definição de ruas e abertura dos sulcos, verificando-se ainda a aplicação de defensivos agrícolas em todas as etapas.  Em contato com a reportagem, aquele técnico disse que entre as vantagens desta mecanização está a redução do tempo de preparação da terra e do plantio propriamente dito, assim como a segurança na aplicação das mudas. Enfatizou, ainda, que o sistema que ele adotou, tendo adquirido todo o maquinário para tanto, é uma autêntica revolução no plantio de eucalipto, contribuindo, inclusive, para despertar o incentivo naqueles que já sentiram, em princípio, a segurança e a importância da ideia de se formar florestas.
Quanto à busca pela decisão do cultivo do eucalipto, já passou da fase experimental.  Sabe-se que grandes regiões em vários estados, principalmente em São Paulo há anos em que a exploração daquela madeira já é um fato indiscutível.  No Noroeste do Paraná, este cultivo chamou a atenção de cooperativas como a COPAGRA, de Nova Londrina, que, em sua publicação COPAGRA NEWS, publicou densa matéria sobre o assunto, sob o título “Madeira cada vez mais valorizada”, afirmando que o plantio do eucalipto avança nas pequenas propriedades do Noroeste paranaense.
Finalmente, Paulo Marques Monteiro disse que em seu viveiro, o Reflora Mudas, estão à disposição para pronta-entrega mudas das variedades Urograndis e Camaudulensis. Tem, também, clones de Urograndis direcionados para produção de energia.   O Reflora está instalado na BR-376, Km 2,5 a partir da Polícia Rodoviária, vizinho do Viveiro Pratinha. Telefones 9943-6319 e 9965-3970 e e-mail eucaliptoreflora@hotmail.com.