VOCÊ É O JUIZ! SEJA RESPONSÁVEL

Hoje é um dia muito especial para todo o povo brasileiro.
A democracia está em festa, o povo irá às urnas escolher seus representantes. Nessa eleição votaremos para deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República. Essas pessoas serão eleitas para comandar o futuro da nação brasileira pelos próximos quatro anos (exceção ao Senado, que o mandato é de oito anos).
O voto é o exercício da cidadania, é a maneira mais eficiente do exercício da soberania popular. Cada cidadão tem o poder de um voto, e a maioria dos votos determina os eleitos no processo eleitoral.
O princípio democrático universal de “um homem, um voto” quer dizer que o voto tem o mesmo peso para cada pessoa, não existindo diferença de voto entre classes sociais, econômicas, etc. Todos os votos possuem um único valor, sem qualquer distinção.
Quando cada cidadão estiver na cabine de votação, ele estará investido do cargo de juiz, isso mesmo, na solidão da cabine de votação todos seremos juízes. Por alguns minutos faremos o julgamento dos candidatos.
O nosso papel é de suma importância, pois poderemos condenar ou absolver candidatos.
Isso mesmo, teremos a grande missão de julgar. Eis a questão: Como posso condenar um político nas urnas? Condenar seria o mesmo que NÃO votar em candidatos acusados de corrupção, de atos de improbidade administrativa, de lavagem de dinheiro, envolvidos em escândalos, etc.
E não votando neste candidato você estará condenando os atos (ilícitos) por ele praticados, mostrará que não concorda com seus atos e que ele não merece representá-lo. A derrota nas urnas representa a condenação do mau político.
Você também pode absolver esse político. A cada voto recebido o político recebe aprovação de todos seus atos passados. Caso um candidato estiver sendo acusado de corrupção e for eleito, ele estará sendo absolvido por todos os eleitores que nele votaram. Ele estará sendo absolvido da maior punição que o eleitor pode lhe dar: não o (re)eleger.
Na hora de votar você tem o poder em suas mãos. É você e sua consciência, ninguém mais. Seja um(a) Juiz(a) consciente, exerça esse poder com cautela, condene os maus e absolva os bons, não cometa injustiças com você mesmo, as consequências de uma decisão mal tomada refletirá no futuro.
Moralmente somos todos responsáveis pelos rumos do nosso País, cabe ao homem, e a mais ninguém, decidir seu próprio caminho, seu futuro. Tércio Sampaio Ferraz Júnior, em sua obra “Estudos de Filosofia do Direito”, faz a seguinte indagação: “Se Deus tudo sabe e tudo pode, porque permite que o homem peque?". E a resposta é simples: "Deus criou a vontade livre, o ‘liberum arbitrium’, permitindo que o homem possa o que quer, mas não obriga que queira o que pode”.