Volume de chuva em novembro já é maior do que a média histórica para todo o mês

Novembro ainda não terminou e o volume de chuva em Paranavaí já é maior do que a média histórica para todo o mês. Com as precipitações constantes, bocas de lobo por toda a cidade estão transbordando, ruas e avenidas ficam alagadas e o asfalto é cada vez mais danificado.
Para se ter uma ideia, de 1º de novembro até ontem o sistema de medição do Simepar havia registrado 169 milímetros de chuva. A comparação com anos anteriores deixa claro que houve aumento considerável: de 1997 para cá, a média é de 150 milímetros.
O meteorologista do Simepar Fernando Mendes disse que as condições atmosféricas do Sul do Brasil favorecem a formação de nuvens de chuva nesta época do ano, por causa da combinação entre calor e umidade. Somando essa situação aos efeitos do El Niño, a tendência é que a quantidade de água aumente.
Mendes destacou que a chuvarada deverá se manter constante pelas próximas semanas. “Vamos ter que conviver com essa possibilidade.” “Até o final do ano?” “Ou até mais para frente.”
BR-376
Com o grande volume de chuva, a BR-376 voltou a alagar em um trecho próximo ao trevo de acesso a Paranavaí. O problema se repete há dias e tem prejudicado não somente os motoristas que trafegam pelo local, mas, também, estabelecimentos comerciais e industriais localizados às margens da rodovia.
De acordo com o diretor técnico da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Edson Batista, o problema está na incapacidade da rede de captação da chuva em dar vazão para quantidade tão grande de água. O projeto para ampliar a tubulação já foi elaborado, mas ainda não há previsão para que as obras sejam executadas.
El Niõ
Trata-se de um fenômeno climático de caráter atmosférico-oceânico que provoca o aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Pode ocorrer em intervalos de dois a setes anos, tendo duração que varia de 10 a 18 meses. Desta vez, os efeitos se estendem desde o começo do ano, conforme destacou o meteorologista do Simepar. El Niño altera fatores climáticos regionais e globais, por exemplo, o volume de chuva, os padrões de vento e o deslocamento de massa de ar.
 
Reinaldo Silva – Da Redação