Zagueiro do São Paulo vê como “sem nexo” polêmica sobre Kardec

SÃO PAULO – Embora tenha preferido não entrar em polêmica, Antônio Carlos não vê problemas no fato de o São Paulo ter negociado a contratação de Alan Kardec. Na segunda-feira, Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, anunciou a saída do atacante e definiu o comportamento do clube rival como "antiético".
"Essa discussão deve ficar entre as diretorias. Mas acho que foi uma coisa sem nexo. O Kardec está negociando contrato. Se não foi nada acertado, não vejo por que não poder fechar com São Paulo, Corinthians ou qualquer outro time. Foi muito mais a vontade do Alan que prevaleceu", disse o zagueiro  ontem.
Desde segunda-feira, os cartolas dos dois clubes vêm trocando alfinetadas devido à mudança de equipe de Kardec. Do lado do Palmeiras, Nobre afirmou que os dirigentes são-paulinos foram "antiéticos" e "sorrateiros" durante as negociações.
Anteontem, Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, chamou Nobre de "juvenil" e ironizou o comportamento do cartola dizendo que o "choro é livre".
"Se o jogador não entrou num acordo, ele tem que buscar alguém que o valorize, buscar algo melhor para a sua vida. Isso é normal no futebol. Não é a primeira vez que acontece", acrescentou Antônio Carlos.
Cauteloso, o zagueiro não quis cravar a chegada do reforço, mas disse que, se Kardec chegar ao São Paulo, será bem-vindo.
"Ele é uma referência. Ficamos na torcida para que venha, pois vai ajudar muito o nosso clube. É um cara que encaixa bem em qualquer time".
Kardec terá de disputar posição com Luis Fabiano, Alexandre Pato, Ewandro, Osvaldo, Ademilson e Pabon – as atuais opções de Muricy Ramalho no setor ofensivo.
"Ainda bem que sou zagueiro. A coisa lá na frente está complicada. Mas é sinal de que a nossa equipe vai ficar mais qualificada".