Zeca: orgulho e ansiedade por defender a Seleção

A satisfação de Zeca pela convocação para a Seleção Brasileira é algo comovente. Aos 22 anos, o lateral-esquerdo será um dos três representantes do Santos nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e não esconde a ansiedade para entrar em campo.
De longe, ele encara este como o principal momento de sua carreira, mostra confiança na busca pelo inédito ouro olímpico e revela ter aumentado ainda mais o ritmo dos treinos.
Mesmo já tendo atuado pelo Sub-20 e 23 da Seleção Brasileira, no ano passado, fica claro que a emoção dele ainda é de estreante. Ao vestir a Amarelinha para gravar a entrevista ao site da CBF, o sorriso quase não cabia em seu rosto e, após uma rápida ajeitada no cabelo, disparou: “Caiu bem demais, né?!”
Mas antes de saber se teria novamente o prazer de ostentar o uniforme pentacampeão mundial, ele revela um certo drama com uma pitada de humor. “No dia da convocação, a gente ia jogar contra o Grêmio. Costumo acordar cedinho para tomar café e fiquei esperando lá na frente da televisão. Só que estava passando um jogo. Pedi para trocar de canal e não chegava no que estava transmitindo a convocação. Fui mudando, mudando e nada. Comecei a ficar nervoso. Mas aí, conseguimos colocar e estávamos eu, Elano e os segurança lá embaixo. Quando apareceu o meu nome fiquei muito emocionado, feliz e comemoramos bastante”, revela.
Zeca tem consciência que a tarefa de disputar a única conquista que falta para a Seleção Brasileira é árdua. O lateral conta que viu uma reportagem com Pelé comentando o assunto e ficou ainda mais motivado.
Na mesma proporção do tamanho da responsabilidade, se encontra a confiança do atleta para disputar a inédita medalha de ouro olímpica.
“Às vezes, não tenho nem palavras (sobre a sensação de disputar os Jogos). Vi uma reportagem em que o Pelé se emocionou e falou que não teve (chance de disputar). É uma honra que disputar um título olímpico que o Brasil não tem, ainda mais aqui no Brasil, e tenho certeza que todo mundo vai dar o seu melhor nesse grupo e estamos muito honrados de poder lutar por essa medalha”, declara.
No dia a dia do Santos, Zeca é conhecido por ser um verdadeiro “fominha” de treinos. O lateral chega por volta de uma hora antes das atividades para iniciar o trabalho já na academia. Com a proximidade da estreia nos Jogos Olímpicos, ele destaca que essa fome só aumenta.
“Estou a mil! Quando eu estava na base, não tinha tanto isso, era longe a academia… No profissional é mais fácil, evoluí muito, dá para ver a diferença no campo, e é um trabalho que gosto de fazer. Estou sempre na academia. Ficam me zoando, dizem que sou o “bombadinho”, mas levo na brincadeira isso de passar muito na academia acaba sendo bom, pois dificilmente tenho lesão por esse trabalho. Agora, com a Olimpíada, vou ficar ainda mais lá!”, revela.