Zidade diz que é mais difícil de ganhar com a camisa amarela pela frente

COSTA DO SAUIPE – Zinedine Zidane, carrasco do Brasil em duas Copas do Mundo, protagonizou a entrevista dos oito ex-jogadores que participarão do sorteio dos grupos da Copa do Mundo, hoje, na Costa do Sauipe, na Bahia.
O francês foi o mais assediado antes do bate-papo, por alguns hóspedes do complexo de resorts que recebe o evento da Fifa, e também durante a entrevista.
Ao lado de outros grandes jogadores da história do futebol, como o alemão Lothar Matthaus, o italiano Fabio Cannavaro e o brasileiro Cafu, Zidane falou de como foi vencer o Brasil em 98 e 2006, mas também do calor na Copa, chance da França, do Chile e até da Argélia, país no qual nasceu.
"Quando tem a camisa amarela na nossa frente, é mais difícil de ganhar. Mas minha geração teve sorte de ganhar. E é muito bom chegar ao Brasil e poder ser bem recebido pelas pessoas", disse Zidane.
Algumas cadeiras à sua esquerda, outro carrasco brasileiro também participava do evento. Alcides Ghiggia, aos 86 anos, ainda lembra detalhadamente do gol que fez na final da Copa do Mundo de 1950, a primeira disputada no Brasil, e que decretou a vitória do Uruguai por 2 a 1 sobre a seleção brasileira. Esta é considerada a pior derrota da história do futebol brasileiro.
"Que os meus companheiros de bancada aqui me desculpem, mas eu gostaria muito de ver novamente uma final de Copa entre Brasil e Uruguai no Maracanã", disse Ghiggia.
Debilitado devido à idade avançada, o uruguaio só anda entre os hotéis do complexo em um carrinho de golfe e tem ao seu lado, todo o tempo, funcionários da Fifa.
"É um prazer imenso ser bem recebido no Brasil. É minha segunda casa aqui, sempre foi", disse o uruguaio.
Zidane e Ghiggia não gostam do termo carrasco. Os dois adotaram o mesmo discurso ao falar que estavam fazendo o seu trabalho e jogando por seu país. E ambos também apontam o Brasil como favorito.
"Acho que o Brasil se torna favorito para a Copa de 2014 por estar jogando em sua casa. O calor da torcida, que nos ajudou em 1998, vai agora ajudar o Brasil", disse Zidane.